"A geração do novo na história, dá-se freqüentemente de modo imperceptível para os contemporâneos, já que suas sementes começam a se impor quando ainda o velho é quantitativamente dominante. É exatamente por isso que a “qualidade” do novo pode passar despercebida." (Milton Santos).

sábado, 10 de novembro de 2012

Dados da Educação Superior – Presencial e a Distância

O Inep divulgou os dados do Censo da Educação Superior 2011, anunciados no dia 16/10 pelo ministro Aloizio Mercadante. As planilhas apresentadas mostram que o Brasil tem 2.365 Instituições de Ensino Superior, das quais 284 públicas e 2.081 privadas. Nesse número, 190 são universidades, 131 centros universitários, 2.004 são faculdades e 40 institutos federais e Cefets.
Segundo o Censo, 5.746.762 alunos estão matriculados no ensino presencial e 992.927 na educação a distância. Os números demonstram que, no período 2010-2011, a matrícula em cursos de Graduação nas universidades cresceu 7,9% na rede pública e 4,8% na rede privada, o que configura uma média de crescimento de 5,6% nas matrículas para o ensino superior.
Baixar Dados -http://www.educacaoadistancia.blog.br/wp-content/uploads/2012/10/sinopse_educacao_superior_2011.zip

expansão da educação a distância no mundo



A oferta de cursos online, mais recente da modalidade de educação a distância (EaD), vem se ampliando em inúmeras instituições pelo mundo. O lançamento em julho deste ano de consórcios entre instituições de ensino, como as tradicionais Universidade de Harvard e o Massachusets Institute of Technology (MIT), abre a possibilidade de alunos realizarem cursos nas melhores universidades do mundo, a um baixo custo e sem grandes deslocamentos. Os líderes desses consórcios usam em seus discursos palavras como “revolução”. Para Silvestre Novak, doutor em educação e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a expansão da EaD é um fenômeno irreversível e está provocando uma revolução nos sistema educacional brasileiro.
Esse fato reflete, em certa medida, os desafios da educação na sociedade contemporânea, “onde os paradigmas historicamente aceitos não mais dão conta para a definição de modelos pedagógicos”, afirma o pesquisador.
No entanto, a perspectiva da internacionalização das universidades não está atrelada unicamente à questão da EaD, mas também ao processo de democratização do acesso a essas tecnologias. Por vezes, as populações que mais necessitam de educação são, exatamente, aquelas com menos acesso às tecnologias. “Na área da educação é possível que os países que estão ‘exportando’ possibilidades de conhecimento e crescimento acadêmico, o ofereça por meio de programas e artefatos digitais que ainda não existam nos outros países, podendo assim dificultar e até inviabilizar o processo”, destaca Patrícia Vasconcelos Almeida, doutora em linguística aplicada e professora da Universidade Federal de Lavras (Ufla).
Diante deste desafio, busca-se atingir um novo cenário: o da mundialização, que pretende atingir outras esferas, como a política, social e educacional. “Isso significa um aprofundamento das relações internacionais, da ampliação de intercâmbios e da troca de experiências, que valorizam sobremaneira o multiculturalismo”, pontua Silvestre Novak.

Formas de ampliação
Há dois tipos de ampliação acontecendo em educação a distância, de acordo com Marcelo Buzato, professor do Instituto de Estudos de Linguagem da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) na área de linguagem, tecnologia e ensino. Uma delas está ligada à expansão e à diversificação da oferta de cursos tradicionais em formato online para atingir públicos específicos, mas ainda dentro de um modelo próximo ao da educação presencial, sobretudo no que se refere à relação entre ensino, aprendizagem, conhecimento e tecnologias. Esse é o caso de cursos de graduação de baixa interatividade, feitos à base de vídeo-aulas, com apostilas impressas e exercícios de instrução programada. “Em geral, esse modelo vem atrelado a uma estratégia de redução de custos de infraestrutura e de reaproveitamento de materiais já prontos, de autoria de docentes mais capacitados, que são usados por professores menos capacitados e de salário menor, e servem mais como aplicadores de um design institucional feito de forma mais centralizada”, explica Marcelo Buzato. Neste caso, o modelo tende a reforçar os defeitos do curso e provoca uma desconfiança indiscriminada da opinião pública com respeito à EaD, destaca.
Um segundo tipo de ampliação, mais experimental e motivado por questões conceituais e filosóficas, é aquele feito com base no modelo de abertura, os chamados open software,open scienceopen mediaopen education, com potencial para transformações na relação entre ensino, aprendizagem, conhecimento e tecnologias. Em alguns casos, pode resultar na emergência de processos qualitativamente novos e promissores, mais afinados com a chamada cultura digital, dando sustentação a espaços de afinidade e comunidades virtuais. “Esse modo de fazer EaD demanda do aprendiz outro tipo de competência para gerir sua própria formação, e, dos educadores, outro tipo de design instrucional. Permite a quem aprende se apropriar do sistema”, explica Buzato. A partir daí, uma grande variedade de práticas colaborativas seria possível na construção de percursos de aprendizagem mais personalizados, que atendem a uma gama maior de estilos e que encantam a nova geração de aprendizes.

Aumento de ofertas
Ações mais recentes procuram adaptar o conteúdo presencial ao ambiente virtual. É o caso da Khan Academy, organização fundada em 2008, sem fins lucrativos, e que tem realizado várias das ações listadas pela Coursera e edX, como a criação de ferramentas e recursos online que permitem personalizar o ensino de acordo com o ritmo individual de cada aluno. Desde 2011, alguns vídeos começaram a ser traduzidos para o português pela Fundação Lemann.
Assim, iniciativas como essa funcionam como um laboratório para entender como se dá o processo de ensino e aprendizagem online, além de ser uma importante ferramenta para melhorar e enriquecer o ensino dentro das salas de aula.
No Brasil, programas de EaD desenvolvidos por grandes instituições de ensino, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) trabalham o conceito de aprendizagem em rede, o que difere substantivamente do simples uso das tecnologias de informação nos processos educativos. Nessa perspectiva, o ensino online passa a ser entendido, principalmente, como uma metodologia de ensino. Mais do que uma ferramenta, este tipo de ensino passa a funcionar também como um laboratório, com potencial para transformações na relação entre ensino-aprendizagem.
O sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), instituído em 2006 para o desenvolvimento da modalidade de EaD, busca expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior no país. Segundo dados oficiais da instituição, de julho de 2007 a 2009 foram instalados 557 polos de apoio presencial, com 187.154 vagas criadas. Além de fomentar a EaD nas instituições públicas de ensino superior, a UAB apoia pesquisas em metodologias de ensino superior respaldadas em tecnologias de informação e comunicação.
A Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), por sua vez, também busca consolidar a utilização das tecnologias da comunicação e da informação no ensino superior. Os cursos atualmente oferecidos são semipresenciais, mesclando aulas presenciais com recursos tecnológicos característicos da educação a distância, como plataformas virtuais de aprendizagem e televisão. A Univesp é a quarta universidade estadual paulista, instituída pela Lei 14.836, de 20 de julho deste ano, devendo atingir a marca de 24 mil alunos em quatro anos.

Ampliação é sinônimo de revolução?
Buzato, da Unicamp, pondera que, como aconteceu com toda nova tecnologia na educação (a exemplo da lousa, do rádio, do cinema, da televisão), essa “nova” educação a distância, apoiada nas redes digitais, abre uma série de possibilidades que parecem atender aos mais diversos anseios. “Não acredito em revolução”, esclarece o pesquisador, “prefiro, pensar em um processo continuo pelo qual duas coisas, ou seja, sociedade e tecnologia, que são igualmente heterogêneas, cheias de controvérsias internas e de interesses em conflito, se transformam em uma coisa só, em associações de elementos que vão redefinindo-se uns aos outros e, com isso, gerando certos efeitos globais e locais.”.
Já para a linguista da Ufla “toda forma de oferecer e buscar conhecimento é revolucionária”. Ela acredita que inúmeras atitudes e escolhas educativas revolucionaram, e ainda revolucionam, o contexto de ensino-aprendizagem a cada dia.
No que diz respeito a universidades brasileiras que se dispõem a oferecer cursos online, muitos problemas ainda são enfrentados. “Ainda temos muito poucos profissionais realmente capacitados para atuar. Estamos todos, coordenadores, auxiliares, técnicos em tecnologia, professores-formadores, tutores e cursistas, aprendendo a formatar e fazer os cursos online funcionarem com a qualidade que se faz necessária. É neste ponto que penso que a revolução está. Em se aprender a ensinar e a como aprender neste contexto educacional”, elucida Patrícia.

Por: Maria Teresa Manfredo

Fonte: comciencia; 
http://www.educacaoadistancia.blog.br/a-expansao-da-educacao-a-distancia-no-mundo

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Desafio Profissional - EaD em Blog



 Considerações


Ao receber as instruções sobre o Desafio Profissional tive a grata satisfação de saber que trabalharia em um blog. 
O  objetivo do Desafio Profissional foi submeter  o trabalho ao corpo de tutores em EaD da Universidade Anhanguera – Uniderp como parte dos requisitos necessários para avaliação referente ao módulo das disciplinas de Educação a Distância no Brasil e no Mundo, Fundamentos, Políticas e Legislação em Educação a Distância, Referenciais de Qualidade na educação superior a distância, no curso Metodologia e Gestão para EaD.
O trabalho iniciou-se com a busca por blogs sobre EAD ativos, que fossem  atualizados frequentemente, com assuntos pertinentes aos temas estudados.
Durante algum tempo, estes blogs foram seguidos, com postagens de comentários e monitorados as respostas, sejam nas interações com os autores bem como com os demais colegas e outros usuários que também comentaram nas matérias postadas.
E finalmente, a criação de um blog, onde seriam postadas as experiências adquiridas através das leituras e debates nos blogs seguidos.

O primeiro blog acessado foi o do Professor João Mattar, e foi um dos mais completos blogs sobre EaD que encontrei e ressalto aqui as matérias que achei mais relevantes para nosso curso.
Uma das matérias mais interessantes e esclarecedoras que li no blog do Professor João Mattar foi “Educação não é Fast-Food”, publicado em 28 de julho de 2011, que ressalta os questionamentos da qualidade de ensino à distância e a controvertida campanha contra apoiada pela Andes.
Em sua opinião pessoal, (http://blog.joaomattar.com/2011/08/02/por-que-eu-apoio-a-campanha-educacao-nao-e-fast-food/) o autor aborda praticamente todos os tópicos das disciplinas solicitadas neste desafio profissional.
Neste post, eu procurei interagir com outras pessoas e foi muito gratificante receber respostas aos meus comentários.
O segundo blog com o qual interagi, foi o da Professora Ana Beatriz, e foi bastante produtivo, pois tem uma abordagem mais informativa, diferente do Professor João Mattar que é mais didático.
Ressalto o post sobre EaD e a formação de professores, postado em 14 de Julho de 2012. Disponível em http://anabeatrizgomes.blogspot.com.br/2012/07/ead-e-formacao-de-professores.html#links. 
Nele, tive a oportunidade de interagir com a autora do blog, que respondeu prontamente meus comentários e também com os colegas. Foi uma experiência muito gratificante poder aprender e compartilhar o conhecimento aprendido de forma tão direta e imediata.

Destas experiências, foi possível obter contribuições que foram essenciais para minha formação no curso Metodologia e Gestão para Ead, permitindo então que a partir delas, pudesse iniciar meu próprio blog sobre o assunto.

O blog foi intitulado “EaD em Destaque” , pois apesar de abrir espaço para discutir a educação como um todo, desde seus fundamentos até os mais recentes programas pedagógicos, a EaD será o principal tema nele contido.
Iniciei falando sobre a EaD em blog, em como esta ferramenta poderia ajudar na formação e no aprendizado do aluno e a  princípio, postei algumas matérias colhidas de outros blogs, enquanto pesquisava sobre meu objetivo neste desafio profissional.

 Por fim, já com a finalidade específica de apresentar este trabalho, publiquei um post dividido em três partes, falando em como a EaD definiu um novo comportamento acadêmico, ressaltando os papéis do professor, do aluno, das instituições e do governo neste processo, com texto que teve como base, todo o conteúdo adquirido até esta data no curso, mais especificamente nos referenciais de qualidade na educação superior, post este que será concluído com a publicação da conclusão deste trabalho.


Conclusão

 

O trabalho se constituiu desafiador, pois a consulta e interação com blogs já fazia parte de minha rotina virtual, mas voltado apenas para entretenimento ou mesmo para consultas acadêmicas como referências, sem o compromisso de me manter conectada a eles para a obtenção de resultados.

Apesar da maioria dos comentários nos post destacados apresentarem certa redundância, foi interessante observar como uma mesma opinião era colocada de forma diferente, ou seja, deu claramente para perceber um pensamento coletivo sob diversos ângulos e visões.
Talvez porque as pessoas que interagiam nestes blogs estivessem motivadas por um objetivo comum, nenhuma opinião contraditória foi observada.

A internet através dos blogs, tem se destacado como mídia que possibilita integrar, num mesmo espaço, o texto, as imagens, o som, o diálogo em tempo real, o audiovisual, possibilitando o registro de todas as possibilidades de interatividade próprias dos ambientes online, denotando o enriquecimento das metodologias de ensino e dos inter-relacionamentos à distância.

O primeiro desafio deste trabalho,  foi encontrar blogs relacionados à EaD, que se mantivessem ativos por tempo suficiente, pois a maioria dos blogs encontrados, foram criados e abandonados, sejam  após terem seus objetivos cumpridos ou mesmo por terem desistido por se sentirem frustrados pela falta destes resultados esperados.

O meu segundo desafio será exatamente cumprir o primeiro e manter o blog ativo, esperando que meu trabalho se torne referência a todos os outros, que como eu, buscam aperfeiçoamento em sua formação.




terça-feira, 11 de setembro de 2012

EaD - Definindo um novo comportamento acadêmico III

O papel das Instituições na EaD


De quem é o papel de aprimorar a EAD: das instituições que a ministram, do governo, ou é um caminho que se constrói unilateralmente?


O  crescimento da educação a distância no ensino superior revela a importância de pensar o uso dessa modalidade, adaptada a um mundo cada vez mais veloz e conectado, onde todos são responsáveis por uma parte do processo.
As pessoas têm que buscar uma formação, as empresas têm que possibilitar a seus colaboradores uma capacitação contínua, é a educação ao longo da vida. Ainda é um cenário onde o aluno adulto é maioria, mas que já começa a despontar o número de alunos mais jovens.


O papel das instituições de ensino nesse processo muda,  para se tornarem mediadoras e orientadoras do processo de aprendizagem, com a construção  de  projetos institucionais de EAD que possam gerar recursos didáticos, pedagógicos e processos, criar programas de assistência e alternativas ao material didático (DVD,CD, material impresso, bibliotecas virtuais, objetos pedagógicos, etc.)
 Ela ajuda a pessoa a se especializar no que tem necessidade e inclusive, na gestão de carreira, orientando como utilizar o conhecimento da melhor maneira.

 Esse percurso, essa conectividade que intituição/aluno instauram num processo de educação à distância tem um pano de fundo que é o planejamento. A educação a distância não existe sem uma concepção de educação, sem um guia de orientações. Cabe à instituição pensar num currículo que proporcione à formação do aluno um conhecimento que lhe possibilite intervir na sua realidade.

A educação qualificada é um dos pilares da transformação da sociedade e a EAD também tem que se preocupar com a formação do cidadão como sujeito crítico, por isso tem que ter seus pilares na investigação, na educação permanente e na formação ética do cidadão. Ter um órgão regulador, com marcos regulatórios, é fundamental para o crescimento da educação a distância com qualidade.
Na questão da regulação, o MEC tem implantado um processo de qualificação da modalidade, participando mais fortemente da educação a distância.

 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394/96, abre perspectivas e responsabilidades na área da EAD, quando em seu artigo 80 atribui ao poder público o papel de “incentivar o desenvolvimento de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades, e de educação continuada”.

Foi a própria LDB que desencadeou a procura de cursos de formação, quando atribuiu a cada município, e supletivamente ao Estado e à União, a incumbência de “realizar programas de formação para todos os professores em exercício, utilizando para isso, os recursos da educação a distância” (art. 87, § 3º, inciso III).

É preocupação do Ministério da Educação e da sociedade como um todo, que esse processo de incorporação de novos recursos e possibilidades, aliado à ampliação da oferta de novos cursos online, aconteça de forma tal que não apenas sejam preservados os melhores padrões de qualidade já atingidos pela educação tradicional, mas que também eles sejam aperfeiçoados.

Neste sentido, a incorporação de tecnologias e metodologias pelas instituições de ensino online, precisam conduzir à ofertas que atendam aos mesmos padrões de qualidade, independentemente da combinação de recursos, presenciais, virtuais ou à distância, em cada área de curso ou de cursos oferecidos.

EaD - Definindo um novo comportamento acadêmico II

 O papel do aluno em EaD

 

 Na educação à distância, o aluno deverá ter uma participação ativa na construção de seu próprio conhecimento, permitindo-o entrar em contato com seus potenciais, a fim de desenvolvê-los e ao mesmo tempo suprir as dificuldades e deficiências identificadas, tendo que se dedicar mais, buscar mais, autogerenciar o aprendizado.

 As salas de aula online provocaram mudanças nos papéis do aluno em relação ao ambiente educacional tradicional, pois no aprendizado on-line, o aluno deixa de ser passivo e passa a atuar como coadjuvante do professor, lendo, escrevendo e auxiliando no intercâmbio de informações.
Criou-se então um novo perfil para o aluno, onde as caracterísiticas predominantes são: autonomia e motivação pessoal, independência, autodisciplina, habilidades para gerir o tempo.

Nem é preciso mencionar que, para o sucesso do aprendizado online, o aluno deve ter um bom conhecimento de informática, possibilitando o acesso às diversas mídias utilizadas como ferramentas educacionais. Quando utilizar  ambientes mediados por computador, os alunos poderão dialogar entre si ou com professores como em um “bate-papo” trocando idéias sobre o curso e apresentando trabalhos aos seus colegas, colaborando para a construção do conhecimento de ambos. 

Na interatividade online, as trocas fazem com que todos participem e busquem alternativas para um aprendizado mais efetivo, tornando  ainda mais atraente o aprendizado. Trabalhando de forma cooperativa, os alunos são levados à refletir sobre o pensamento dos outros, respeitando-se, ajudando-se, trocando e aceitando idéias.




domingo, 2 de setembro de 2012

EaD - Definindo um novo comportamento acadêmico

O papel do professor na EaD

 
O Ensino a Distância modifica a relação de aprendizado do modelo de escola comum, para um modelo mais descentralizado e flexível. Ele também reverte a dinâmica social, levando a escola ao aluno, ao invés do aluno à escola, redefinindo o significado da presença do professor presente na sala de aula, que devem assumir novas habilidades para assumir o papel de educadores a distância.
 
 À primeira vista, o computador pode ser encarado como um rival para o professor, mas ao motivar-se e envolver-se, o educador descobrirá no computador um aliado, que poderá lhe auxiliar a conduzir e reforçar o aprendizado em classe. A tecnologia aumenta a capacidade do professor em prender a atenção do aluno e melhorar seu desempenho.
 
O apoio do professor é imprescindível para a garantia de um ensino de qualidade, pois o computador sozinho não desenvolve nenhuma atividade e nem proporciona melhora alguma na aprendizagem do aluno, a função do computador é ajudar o professor em seu trabalho e na obtenção de bons resultados.
 
O professor deve motivar, avaliar e principalmente apoiar o aluno. Sua missão é acompanhar a evolução pedagógica do aluno, sendo capaz de delinear quais serão os objetivos esperados na realização do curso.
 
Existem diferentes comportamentos entre os professores, há os que se sentem pressionados e estabelecem resistência às mudanças, outros não se interessam pela novidade e nem se esforçam em conhecer seu conteúdo, e ainda outros que acreditam e conseguem criar ambientes tecnológicos trazendo bons resultados educacionais.

Um dos fatores primordiais para solidificar a informática na educação é a preparação dos professores e este desafio envolve mudanças de atitudes, idéias, valores e concepções num processo de transformações, de reconstrução. Com professores qualificados e preparados a utilização dos recursos da informática será muito mais eficiente. Trabalhando juntos, o computador assume o papel de levar o conhecimento e o professor facilita então o processo de desenvolvimento intelectual do aluno, criando ambientes propícios à aprendizagem.
 
Na mudança do paradigma educacional, o componente fundamental para a interação aluno-computador é a formação de novos profissionais. Para que a proposta pedagógica seja alcançada, utilizando o processo de informática educativa, são necessários professores habilitados, comprometidos com tarefas pedagógicas fundadas na realidade concreta da escola, juntamente com profissionais da informática para que haja uma troca de informações trazendo assim novas possibilidades de um trabalho educativo inovado. O professor deve ser capaz de interagir o computador com os conteúdos e atividades de cada disciplina, dominando o computador como ferramenta para utilização dos diferentes softwares educacionais.
 
 Certamente para alcançar os resultados esperados, serão necessários muito trabalho e bastante disciplina. Aos educadores fica a responsabilidade de decidir qual estratégia adotar, como conciliar as capacidades da tecnologia ao desenvolvimento de um programa de estudos voltados para as necessidades do ensino. Com a combinação dos meios, será possível alcançar os objetivos desejados.
 
São constantes as inovações no mundo, por isso é necessário saber aprender e este é o papel do professor: aprender a ensinar!

domingo, 19 de agosto de 2012

EaD - Remédio contra evasão


Acompanhar os alunos e manter um diálogo constante nos cursos a distância é necessário para que a liberdade de estudo não pareça abandono

Por Gérson Trajano
http://revistaensinosuperior.uol.com.br/textos.asp?codigo=12976

De acordo com o último Censo da Educação Superior, já são quase um milhão de alunos matriculados numa graduação a distância no país. O grande interesse pela modalidade é atribuído a fatores como flexibilidade de tempo e espaço para o estudo, aliados ao avanço das novas tecnologias que permitem a interação e a realização remota de tarefas. Contudo, tal liberdade característica da EAD, quando mal administrada, pode se transformar num problema para instituição de ensino superior: a evasão.

De acordo com o Censo EAD.BR 2010, Relatório Analítico da Aprendizagem a Distância no Brasil, publicado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) em 2010, a média de abandono para todos os níveis de curso EAD no país é de 18,5%. O levantamento aponta ainda como primeira causa para tamanha evasão justamente a dificuldade do aluno em seguir o programa de ensino. Segundo o relatório da Abed, 51% dos entrevistados supunham que "era mais fácil" estudar a distância que presencialmente. Mas quando caíram na real, a opção foi largar o curso.

O segundo motivo apontado para o abandono é a falta de tempo (49%), seguido pela não adaptação (47%). Só então aparece a condição financeira. A falta de dinheiro é o motivo de 34% dos estudantes para deixar o curso.

Sentimento de pertença Promover o acompanhamento do aluno para que ele se sinta parte integrante de um grupo é fundamental para mudar esse quadro. Segundo Luciano Sathler, diretor da Abed, também é preciso investir na qualidade, especialmente em relação ao material didático, nas atividades tutoriais e nos polos de apoio presencial. "Se o aluno se sentir acompanhado, de forma respeitosa e profissional, acaba por desenvolver vínculos que ajudam a manter sua perseverança e continuidade nos estudos", afirma.


Nesse sentido, o Centro de Educação a Distância do Grupo Educacional Anhanguera, criado em 2005, desenvolveu um modelo de gerenciamento do tutor sobre o aluno, como forma de coibir a evasão. "Desta forma, logo que apareça algum problema, seja de ordem financeira, pedagógica ou educacional agiremos prontamente, para evitar uma desistência", explica José Moran, diretor do Centro.

O foco do projeto está na promoção de diálogos reflexivos entre professor e aluno. "É importante ter uma atitude proativa", diz Moran. Segundo ele, os alunos se sentem mais motivados com professores e tutores que interagem para além do diálogo burocrático.

 
Questão de conexão
O desafio do ensino a distância envolve também a capacitação do aluno quanto aos recursos tecnológicos. Apesar de uma maior presença dos computadores nos lares brasileiros, o país ainda apresenta uma profunda desigualdade em relação ao uso das tecnologias da informação e comunicação. Pesquisa TIC Domicílios e Empresas 2010, realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), mostra que na região Nordeste, por exemplo, apenas 14% dos domicílios têm computador, sendo 11% com acesso à internet. Já a região Sudeste, 45% das casas tem computador, 36% deles conectados à rede mundial.

domingo, 12 de agosto de 2012

Simpósio Internacional de Educação a Distância

Entre os dias 10 e 22 de setembro, a UFSCar promove o Simpósio Internacional de Educação a Distância – SIED 2012 - e o Encontro de Pesquisadores em Educação a Distância – EnPED 2012. Os eventos são realizados por meio de uma parceria entre a Secretaria Geral de Educação a Distância (SEaD-UFSCar) e o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação a Distância (GEPEaD-UFSCar).

Com a temática “Reflexões pela democratização do conhecimento de qualidade”, o SIED 2012 se estabelece como lugar de análise das implicações diretas e indiretas da implementação de cursos na modalidade de educação a distância (EaD) em instituições de ensino e pesquisa no Brasil e no exterior. O principal objetivo é divulgar conhecimentos acerca da EaD, no que tange à gestão, docência, aprendizagem e a mediação tecnológica e pedagógica.
Mais informações no site: http://studi.com.br/blog/studi/simposio-internacional-de-educacao-a-distancia

sábado, 11 de agosto de 2012

Professor presencial busca função de tutor na busca por qualidade de vida.

O perfil principal do tutor é um professor que já atua no ensino presencial, mas que busca novas oportunidades no mercado da educação à distância.

Mesmo com domínio na área da educação, o profissional que decide investir em EaD também precisa procurar um curso de formação, que é oferecido pela Anated  (Associação Nacional dos tutores da Eduacação à distância) e por várias instituições que oferecem os cursos. "Não basta você atuar no ensino presencial e se aventurar no mundo da educação à distância. É preciso conhecer o ambiente que você vai atuar, os desafios que você vai encontrar pela frente, porque você está atuando com educação que é coisa séria", diz o presidente da Anated, Luis Gomes.
Ainda de acordo com o presidente da associação, existe uma diferença entre tutor e professor. O professor, conhecido no setor como “professor conteudista”, é quem elabora o material que será usado pelo aluno e acompanhado pelo tutor. Ele fica na sede da instituição de ensino. Já o tutor é quem acompanha o processo de aprendizagem do aluno.

A educação à distância permite não só para quem estuda mas também para quem trabalha nesta área uma flexibilidade de horário e de tempo maior, segundo o presidente da Anated, Luis Gomes. "Hoje é possível encontrar pessoas que atuam na educação presencial, mas também no ensino à distância. Com isso, é possível conciliar um tempo importante de vida social e familiar, que antes não era possível, e que o homeoffice permite", afirma.


Em geral, as instituições selecionam os candidatos levando em conta a área da formação superior e também do curso que será oferecido à distância. Ele deve ter conhecimento tecnológicos e também de gestão, já que representa a instituição, as vezes de forma única, ao aluno. O site da Anated possui um espaço específico para divulgação de vagas.

Ensino à distância emprega ao menos 35 mil pessoas e a procura por cursos na modalidade EaD cresceu 62% em oito anos no Brasil

O aumento da procura por cursos à distância não está beneficiando somente as instituições que oferecem as aulas, mas também o mercado de trabalho para quem pretende trabalhar como tutor. A atividade ainda não é regulamentada, mas já existem exigências do Ministério da Educação (MEC) para a atuação deste profissional, como o número máximo de 50 alunos por turma para cada profissional.
Segundo a Associação Nacional de Tutores da Educação à Distância (Anated), entre 2009 e 2010, o número de alunos nesta modalidade de ensino cresceu 62% no país em oito anos, e atualmente 35 mil pessoas trabalham como tutores em EaD. Até o fim de ano, um novo balanço deve apontar a inclusão de 4 mil profissionais, segundo a associação, chegando a 39 mil.
O MEC autoriza o ensino à distância para cursos de graduação, pós graduação, livres e também corporativos. Para os alunos de graduação, é exigido ainda que o aluno comparece pelo menos uma vez aos pólos de apoio presencial ensino para que o tutor possa tirar dúvidas de forma presencial com o tutor. "Com o avanço das tecnologias na educação e da redes na internet permite que você transforme o ensino presencial cada vez mais, agregando novas tecnologias, e migrando para o ambiente online", explica o presidente da Anated, Luis Gomes.
Fonte:

domingo, 5 de agosto de 2012

EaD em blog


Este não é meu primeiro blog, mas com certeza, será "o meu blog", pois tem um objetivo definido e duradouro.
Os blogs, como de maneira geral os recursos mais novos da Internet, não surgiram para a escola. Mas nos parece uma obrigação dela, para que seus professores e gestores, possam pensar em alternativas de seu uso na educação escolar.
Como atividade centrada nos alunos, os blogs permitem a eles construir capacidade de atuarem tanto individualmente como em grupo, atributos que hoje são reconhecidos como importantes, essenciais para as pessoas na sociedade contemporânea.
Como exercício de escrita os blogs possibilitam o efetivo exercício de todas as etapas que a caracterizam, como o rascunho, a edição, a organização, a pré-escrita, aleitura da prova, a publicação e a revisão.
A utilização de blog em EaD tem como objetivos, construir o conhecimento de forma colaborativa, estimular a comunicação através da leitura e escrita, desenvolver habilidades de interação, através da internet, alem de formar e-formandos capazes de desenvolver os seus conhecimentos de uma forma sistemática, organizada e de um modo sequencial.
 O uso da rede é  ainda, recente na formação e o grande desafio, para os formadores que utilizam as tecnologias digitais em sua prática docente, é fazer com que os formandos nela naveguem com qualidade e senso crítico.