"A geração do novo na história, dá-se freqüentemente de modo imperceptível para os contemporâneos, já que suas sementes começam a se impor quando ainda o velho é quantitativamente dominante. É exatamente por isso que a “qualidade” do novo pode passar despercebida." (Milton Santos).

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Um game chamado Educação

A pouco li um artigo intitulado:  Por que "gamificar" a educação e pensei, olha aí uma boa ideia.



No Brasil tem 1,5 milhão de jovens entre 15 e 17 anos fora da escola, principalmente por desinteresse, e 45 milhões de pessoas usando jogos digitais. A qualidade da educação no país cai a cada dia e cada vez mais os cursos que deveriam qualificar o indivíduo para a vida profissional estão se transformando num comércio da educação.
Mas a culpa não é só das instituições  que mercantilizam o ensino. As condições ideais para um aprendizado de qualidade: instalações adequadas, salas organizadas e limpas, equipamentos funcionando, contas em dia, quadro docente completo, professores e funcionários motivados, comunidade participativa e, principalmente, alunos aprendendo no Brasil está longe de ser uma realidade.
O que ocorre no Brasil, quase como regra geral, é o oposto disso: instalações deficientes, trabalhadores mal remunerados e desmotivados, famílias ausentes e a já tradicional falta de professores para todas as disciplinas. Somado a isso, vem as  principais queixas dos professores  em relação aos alunos que é  a desmotivação e a indisciplina.
Se por um lado, os jovens se mostram total falta de interesse nas salas de aula, estes mesmos  jovens nem piscam enquanto estão jogando. Não precisamos adorar os games para entender que “gamificar” o processo de aprendizagem pode ser uma boa estratégia. Mas o que significa gamificar a educação?
Gamificar não se trata de, necessariamente, usar jogos digitais ou não, distribuir pontos ou outros incentivos. Significa utilizar dinâmicas, características e arquiteturas presentes nos jogos para promover comportamentos em outros contextos. Aproveitar elementos como a curiosidade, a permissão para falhar, o feedback imediato, a colaboração entre jogadores, a apresentação de novos conteúdos por meio de histórias e desafios contextualizados e o sentimento de controle na tomada de decisões para motivar, estimular comportamentos desejados e promover descobertas.
Os educadores, podem  escolher continuar evoluindo lentamente ou abraçar a inovação para redesenhar e dar novo significado nas rotinas e processos, levando nossos alunos a compreender a importância social da Escola.
Nos games, temos que aprender algo novo para “passar de fase”, então buscamos desenvolver habilidades para resolver problemas, reconhecemos a necessidade e o valor do esforço, da persistência e da criatividade para aniquilar vilões ou desbloquear universo.
Temos de compreender sistemas de regras para conhecer, experimentar e compreender algo novo; sentimos emoções diversas, como alegria, curiosidade, frustração e orgulho; socializamos, competimos, colaboramos e desenvolvemos a empatia ao assumir novas identidades e perceber diferentes perspectivas apresentadas.
Tudo isso, levado para a sala de aula, tornará o ensino muito mais atrativo e estimulante para estes jovens, que tem quase como religião as inovações tecnológicas e as mídias sociais, e é por isso qua a dita "gamificação" da educação é uma das melhores estratégias atuais para que nossos jovens voltem a se apaixonar pelas aulas e pela escola.
A gamificação da educação é uma das melhores estratégias atuais para que nossos jovens voltem a se apaixonar pelas aulas e pela escola.


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Sistema educacional brasileiro pede mudanças

Recentemente foi lançado o documento "Pátria Educadora: A Qualificação do Ensino Básico como Obra de Construção Nacional" que causou polêmica no meio educacional por não ser baseado no Plano Nacional de Educação (PNE) aprovado em 2014 pela presidente Dilma Rousseff, que estabelece metas e estratégias para a área nos próximos dez anos. O texto, porém, vai de encontro com o lema que sintetizaria o mandato da presidente - "Brasil, Pátria Educadora" — que priorizaria mudanças no sistema de ensino brasileiro.
Outra entre muitas discussões levantadas sobre o tema educação foi tratada no seminário da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE-PR), nesta semana. Na ocasião foi cogitado que o currículo escolar nacional australiano possa servir de inspiração para a construção da base comum curricular do ensino básico no Brasil.
O modelo australiano está sendo cogitado por ter sido construído com base em currículos educacionais tidos como os mundialmente melhores. Ele prevê desde o desenvolvimento de habilidades numéricas à criatividade.
Para Ronaldo Mota, reitor da Estácio, á fato que não há possibilidade de desenvolvimento em qualquer setor que não esteja amparado na educação e que todas as discussões ou mudanças que visem melhorar o sistema educacional são válidas. "Temos feito coisas boas como país, mas não temos feito o suficiente e não é só quanto a recurso financeiro, que também é parte do problema, mas questões de abordagens, políticas, metodologias, gestores. É fato que uma mudança está em curso", avalia.
Dentre as mudanças propostas pelo "Pátria Educadora" está o Exame Nacional do Ensino Médio (Errem) online e a utilização de mais tecnologias em sala de aula, como vídeos e softwares interativos. O documento que ainda está sendo discutido prevê a criação de centros de qualificação avançada professores e de um programa de concessão de bolsas de estudo a estudantes de pedagogia e de licenciatura.
O desenvolvimento e a introdução de novas tecnologias em sala de aula também foi alvo da discussão no II Fórum de Inovação & Educação! Realizado na Estácio no Rio de Janeiro, nesta semana Para os especialistas que presentes novas tecnologias podem ser a solução para o processo de ensino aprendizagem, por atingir muitas pessoas de forma personalizada.
Para Roberto Paes, professor e responsável pela construção de todos os conteúdos para os voluntários das Olimpíadas do Rio 2016, "a cada dia temos mais dados, mas que não conseguimos decifrar". Assim, educar tem se tomado cada vez mais complexo. Isso porque acumulo de dados não implica produção de conhecimento, já que o processo de ensino-aprendizado adaptou-se aos novos tempos, se tomando um desafio para os profissionais que pensam as metodologias do processo pedagógico.

 Leia esta matéria na íntegra :  http://www.clipnaweb.com.br/estacio/Imagens/2015%5C06%5C12%5C0000047539.pdf



segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Matemática: A beleza em forma de números


Para uma grande número de pessoas, a Matemática é um bicho de sete cabeças. Meu filho uma vez se referiu a ela como "coisa do cão" e é comumente tida como uma disciplina abstrata, ligada essencialmente ao mundo das ideias e, por isso, fechada a análises sociais.
Para uns poucos, e aqui me incluo, a matemática é uma filosofia, pois a  Filosofia sempre foi uma espécie de "Noções Unidas" do saber e do agir (ciência, política, artes etc.), uma arena livre onde membros desses vários tipos de atividades podem se encontrar e discutir os problemas mais gerais que envolvem a todos. O necessário para incluir a Matemática neste debate é se despir dos preconceitos, quebrar paradigmas, abrir os olhos e enxergar a matemática de forma aberta independentemente dos dogmas ou ceticismo.


A História da Matemática é envolta em mistérios e muito se deve à impossibilidade de se precisar com certeza sua origem. 
Por outro lado, sabe-se que, entre os filósofos clássicos, o pensamento matemático já era bem estudado e difundido. 

Aristóteles, Sócrates, Platão, Tales, Euclides e Pitágoras são alguns desses grandes nomes que colaboraram para o desenvolvimento dos estudos matemáticos, principalmente no campo da lógica e da geometria.


Para Pitágoras, os números governavam o mundo e toda a natureza podia ser representada por números. Esse era o lema dos pitagóricos, uma vez que consideravam a aritmética como chave do conhecimento.

A beleza em forma de números


Os gregos antigos que se deliciaram com seu teatro de comédia ou sofriam com suas tragédias são os mesmos que discutiam conceitos relacionados às ciências, eles não se destacam apenas com suas belas construções, também são dignas de admiração as suas esculturas e principalmente sua ciência. O formato de muitas das construções gregas não constituem um mero acaso, sua arquitetura com linhas harmoniosas, agradáveis á vista e bonitas são o resultado da aplicação da proporção áurea*, muito bem conhecida por eles. A civilização da Grécia antiga parece ter encontrado, além do caminho para a sabedoria e para a razão, a fórmula para a busca da beleza. 

Foi Pitágoras quem descobriu que o pentagrama estava repleto de matemática. A razão dos seguimentos de reta que forma o pentagrama sempre tem como resultado o número áureo, e é por isso que este símbolo passou a expressar a divina proporção e também se tornou o símbolo da beleza e da perfeição, ambos associados à deusa da beleza. O fato é que traçando as diagonais dessa figura, obtemos o pentagrama ou a estrela de cinco pontas, suas intersecções determinam um novo pentagrama em seu centro. O processo pode ser repetido infinitas vezes e as proporções sempre continuam as mesmas. Trata-se de uma propriedade fascinante.

Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci

 O homem, em muitas ocasiões, tem buscado o ideal da perfeição nas linguagens artísticas. 
  • A altura do corpo humano e a medida do umbigo até o chão.
  • A altura do crânio e a medida da mandíbula até o alto da cabeça.
  • A medida da cintura até a cabeça e o tamanho do tórax.
  • A medida do ombro à ponta do dedo e a medida do cotovelo à ponta do dedo.
  • O tamanho dos dedos e a medida da dobra central até a ponta.
  • A medida da dobra central até a ponta dividido e da segunda dobra até a ponta.

É com os números que conseguimos definir e mapear as mais improváveis definições de beleza mesmo no corpo humano.
Essas proporções anatômicas ideais foram representadas pelo "Homem Vitruviano", obra de Leonardo Da Vinci.


A música e os números de Fibonacci 


  Outro matemático que estudou a proporção áurea e consequentemente o número phi cujo próprio nome originou-se dele, foi Leonardo de Pisa que nasceu em Pisa (1175-1250), que também era conhecido como Leonardo Fibonacci.
Pitágoras conseguiu encontrar um número ou uma razão r correspondente ao intervalo de um semitom que após multiplicar 12 vezes uma frequência inicial correspondente a uma determinada nota, atingisse a sua oitava que significa o dobro da frequência inicial, ou melhor, adotar uma escala com doze semitons igualmente distribuída pela oitava. A esta nova escala foi dado o nome de escala temperada. A criação da escala temperada foi um dos fatores responsáveis pelo grande progresso na estética musical não só pela versatilidade de execução da música, mas talvez por está conforme a proporção secreta usada pelos artistas da Grécia, possuindo assim uma relação entre as frequências musicais e o número de Fibonacci. 
Alguns instrumentos musicais como o famoso violino Stradivarios tem sua construção baseada no número de ouro ou na proporção áurea.  

É a Matemática e as ideias de proporção e simetria aplicadas à concepção da beleza humana e artística.


Proporção áurea, número de ouro, número áureo, secção áurea, proporção de ouro é uma constante real algébrica irracional denotada pela letra grega \phi (PHI),   em homenagem ao escultor Phideas (Fídias), que a teria utilizado para conceber o Parthenon, e com o valor arredondado a três casas decimais de 1,618. (não confundir com o número Pi \pi),
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Propor%C3%A7%C3%A3o_%C3%A1urea)


Recomeços


Depois de quase dois anos, volto a postar.
Não é só um recomeço de postagens, é um recomeço de vida.
Novos projetos, novos caminhos a seguir, novas esperanças.
Esperanças inclusive de finalmente conseguir manter este blog atualizado, com assuntos referente principalmente à educação, mas também sobre outros assuntos.

Vamos falar sobre Administração, pois é minha especialidade e uma área intimamente vinculada à educação, capacitação e liderança de pessoas.

, Vamos falar de Educação que é fator crucial em todos os níveis de relacionamento, e é minha nova opção de carreira.

- Vamos falar de Docência, professores, mestres, alunos.

Vamos falar de Matemática que  é um assunto cujo estudo, quando iniciado nas suas partes mais familiares, pode ser conduzido  de forma muito além da educativa. Pode ser usada na formação de pessoas.

E vamos falar de assuntos gerais, banalidades, generalidades, cultura, povos, costumes, diversão, entretenimento.

E principalmente, vamos falar de pessoas e espero que  para as pessoas.

Então vamos lá...

Sejam bem vindos ao meu mundo.